Dependendo da sua expectativa, Vingadores: Era de Ultron pode ser muitas coisas: uma despretensiosa aventura com os famosos super-heróis da Marvel, um novo capítulo da saga cinematográfica do estúdio, uma adaptação de antigos quadrinhos, ou simplesmente a mais recente superprodução hollywoodiana.
E certamente, este novo filme dos Vingadores é um pouco de tudo isso. O diretor Joss Whedon tem comentado em entrevistas sobre o processo de realização de Era de Ultron, dizendo que o projeto nasceu como um filme de terror, mas que passou a ser também uma ficção científica, uma aventura épica e até mesmo um romance.
O longa que vemos nas telas traduz muito bem esta mistura de emoções e de gêneros. A trama se estabelece inicialmente como um conto de terror contemporâneo através do surgimento do vilão Ultron, um sistema de inteligência artificial que sai do controle e adquire vida própria, e acaba colocando o mundo tecnológico em xeque e toda a sociedade à beira do colapso.
Rapidamente, porém, o filme desenvolve um sentido de urgência no contra-ataque a Ultron, levando os super-heróis a sequências ininterruptas de ação, em uma escala grandiosa e épica como os fãs poderiam esperar. Apesar do tom mais sombrio e da seriedade da trama, o filme nunca perde o bom-humor, com diversas brincadeiras entre os heróis pontuando as cenas – e sobra tempo até para aprofundar as relações de amizade, brigas e romance entre os personagens.
Avante, Vingadores!
A Marvel prova mais uma vez sua ótima fase criativa, equilibrando com eficiência tantos elementos e tramas em um longa enxuto e preciso. A trama não se estende mais do que precisa e, apesar de exigir um pouco de vista grossa sobre detalhes da história, a narrativa flui com agilidade.
Uma característica que chama a atenção é que o filme consegue distribuir bem o tempo de tela para os principais membros da equipe dos Vingadores. Não é apenas o ego de Tony Stark que brilha mais forte, pois Capitão América, Thor, Hulk, a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro também se destacam no decorrer da obra.
Porém, verdade seja dita, com tantos personagens queridos do público, pouco sobra para os novatos nesta narrativa. Os irmãos Pietro e Wanda Maximoff, apresentados como os humanos “aprimorados” pelo Barão von Strucker, mereciam um maior aprofundamento – especialmente da relação entre eles e de suas motivações. Fica a impressão que algumas cenas dos gêmeos foram deixadas de fora na edição final do filme, e há pelo menos um indício de um corte mal engendrado (quase um jump-cut) no primeiro encontro deles com Ultron.
O vilão do filme, contudo, é muito bem explorado na narrativa. Com a voz e os movimentos do ator James Spader, Ultron é um personagem muito interessante de se acompanhar – talvez a ponto de se equiparar com Loki, o antagonista do longa anterior. O robô sente uma raiva intensa do mundo, e sua irritação contra as investidas dos Vingadores rende cenas muito divertidas. Ultron sublinha ainda os temas de paternidade, criação, de valores humanos e morais que estão a todo momento em discussão no decorrer do filme.
Tudo está conectado!
Muito se falou também sobre como Era de Ultron representa o início de uma nova Era no Universo Cinematográfico da Marvel – a chamada Era dos Milagres – com o surgimento de pessoas com poderes super-humanos (os Inumanos), além da evolução tecnológica que leva à criação do sintozóide Visão.
Os fãs que acompanham de perto todos os capítulos da Marvel, seja nos quadrinhos, nos cinemas ou na TV, podem aproveitar melhor as pequenas referências que o filme apresenta. Como o estúdio insiste em promover: “tudo está conectado”! E está mesmo: Era de Ultron flerta com os Inumanos e a S.H.I.E.L.D., da série da ABC; é fiel o suficiente aos quadrinhos de origem; e ainda prepara o terreno para os futuros filmes da companhia.
Porém, para quem esperava outras novidades ou surpresas, o longa pode decepcionar. Não há nenhuma grande revelação ou um evento que modifique o Universo Marvel (como foi Capitão América 2, por exemplo, com a queda da S.H.I.E.L.D.). Também não há participações especiais de personagens inéditos do estúdio, como muitos ainda esperavam – nada de Homem-Aranha, Doutor Estranho, Pantera Negra ou Capitã Marvel, portanto. Era de Ultron é conciso e focado em sua própria trama e personagens, o que já é bastante!
A verdade é que saímos da sessão com vontade de querer mais. O ritmo poderia ser mais lento, e a narrativa poderia dar mais tempo para desenvolver alguns personagens e explicar melhor algumas passagens da história – contextualizar melhor o perigo que Ultron representa, por exemplo. Mas, enquanto superprodução, reunindo sequências de ação de tirar o fôlego, humor e aventura, Era de Ultron é irretocável.
E certamente, este novo filme dos Vingadores é um pouco de tudo isso. O diretor Joss Whedon tem comentado em entrevistas sobre o processo de realização de Era de Ultron, dizendo que o projeto nasceu como um filme de terror, mas que passou a ser também uma ficção científica, uma aventura épica e até mesmo um romance.
O longa que vemos nas telas traduz muito bem esta mistura de emoções e de gêneros. A trama se estabelece inicialmente como um conto de terror contemporâneo através do surgimento do vilão Ultron, um sistema de inteligência artificial que sai do controle e adquire vida própria, e acaba colocando o mundo tecnológico em xeque e toda a sociedade à beira do colapso.
Rapidamente, porém, o filme desenvolve um sentido de urgência no contra-ataque a Ultron, levando os super-heróis a sequências ininterruptas de ação, em uma escala grandiosa e épica como os fãs poderiam esperar. Apesar do tom mais sombrio e da seriedade da trama, o filme nunca perde o bom-humor, com diversas brincadeiras entre os heróis pontuando as cenas – e sobra tempo até para aprofundar as relações de amizade, brigas e romance entre os personagens.
Avante, Vingadores!
A Marvel prova mais uma vez sua ótima fase criativa, equilibrando com eficiência tantos elementos e tramas em um longa enxuto e preciso. A trama não se estende mais do que precisa e, apesar de exigir um pouco de vista grossa sobre detalhes da história, a narrativa flui com agilidade.
Uma característica que chama a atenção é que o filme consegue distribuir bem o tempo de tela para os principais membros da equipe dos Vingadores. Não é apenas o ego de Tony Stark que brilha mais forte, pois Capitão América, Thor, Hulk, a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro também se destacam no decorrer da obra.
Porém, verdade seja dita, com tantos personagens queridos do público, pouco sobra para os novatos nesta narrativa. Os irmãos Pietro e Wanda Maximoff, apresentados como os humanos “aprimorados” pelo Barão von Strucker, mereciam um maior aprofundamento – especialmente da relação entre eles e de suas motivações. Fica a impressão que algumas cenas dos gêmeos foram deixadas de fora na edição final do filme, e há pelo menos um indício de um corte mal engendrado (quase um jump-cut) no primeiro encontro deles com Ultron.
O vilão do filme, contudo, é muito bem explorado na narrativa. Com a voz e os movimentos do ator James Spader, Ultron é um personagem muito interessante de se acompanhar – talvez a ponto de se equiparar com Loki, o antagonista do longa anterior. O robô sente uma raiva intensa do mundo, e sua irritação contra as investidas dos Vingadores rende cenas muito divertidas. Ultron sublinha ainda os temas de paternidade, criação, de valores humanos e morais que estão a todo momento em discussão no decorrer do filme.
Tudo está conectado!
Muito se falou também sobre como Era de Ultron representa o início de uma nova Era no Universo Cinematográfico da Marvel – a chamada Era dos Milagres – com o surgimento de pessoas com poderes super-humanos (os Inumanos), além da evolução tecnológica que leva à criação do sintozóide Visão.
Os fãs que acompanham de perto todos os capítulos da Marvel, seja nos quadrinhos, nos cinemas ou na TV, podem aproveitar melhor as pequenas referências que o filme apresenta. Como o estúdio insiste em promover: “tudo está conectado”! E está mesmo: Era de Ultron flerta com os Inumanos e a S.H.I.E.L.D., da série da ABC; é fiel o suficiente aos quadrinhos de origem; e ainda prepara o terreno para os futuros filmes da companhia.
Porém, para quem esperava outras novidades ou surpresas, o longa pode decepcionar. Não há nenhuma grande revelação ou um evento que modifique o Universo Marvel (como foi Capitão América 2, por exemplo, com a queda da S.H.I.E.L.D.). Também não há participações especiais de personagens inéditos do estúdio, como muitos ainda esperavam – nada de Homem-Aranha, Doutor Estranho, Pantera Negra ou Capitã Marvel, portanto. Era de Ultron é conciso e focado em sua própria trama e personagens, o que já é bastante!
A verdade é que saímos da sessão com vontade de querer mais. O ritmo poderia ser mais lento, e a narrativa poderia dar mais tempo para desenvolver alguns personagens e explicar melhor algumas passagens da história – contextualizar melhor o perigo que Ultron representa, por exemplo. Mas, enquanto superprodução, reunindo sequências de ação de tirar o fôlego, humor e aventura, Era de Ultron é irretocável.
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